11.24.2005

POSTO ISTO 3 (O HOMEM RULA!!!)



Porque o revivalismo tem destas coisas.
Na incessante busca pela originalidade a tecnologia serve a moda e vice-versa. No entanto, o revivalismo marca uma presença constante como que a evitar que nos esqueçamos do que se passou e a servir os nossos propósitos territoriais, isto é, afirmamos que buscamos algo novo mas relembrando as raízes através da sua reciclagem.
O paradoxo acontece quando acabamos por ter nostalgia de produtos/objectos que nem sequer primavam pela qualidade. Este é o caso da cassete.
Hoje praticamente um objecto obsoleto (menos para a indústria portuguesa da Produção Involuntariamente Musical de Baixos Atributos qualitativos), foi o Mp3 de uma geração em que o Soulseek/Emule/Kazza era o nosso vizinho do lado, o amigo, o amigo do amigo, o amigo da amiga do primo...e por aí fora numa rede cruzada que poderíamos chamar…internet?
As gravações de vinil - depois Cd - para K7 não eram práticas (apesar de alguns terem conseguido aperfeiçoar a arte do mixtaping) e sobretudo eram ilegais - como todas as mudanças de formato ainda o são - mas isso preocupava tanto como copiar em casa filmes de vídeo para vídeo. Porém, são dois dos ingredientes básicos para a categoria vintage.
O jogo é este: ninguém tem um iPod = excelente, sou 100% original; alguns têm um iPod = muito bom, somos uma classe; muitos têm um iPod = satisfatório, mas começam a copiar-nos; todos têm um iPod = vamos voltar ao walk-man?
Daí esta página:
http://hanazuc02.ld.infoseek.co.jp/cassettes/cassettes.htm
O que se segue? Cartuchos? Vinil a 78 rpms? Cilindros de cera?

Mário João
www.freewebs.com/disparo